Orquídeas Garden

welcome

Não sabia como descrever o que pretendia com este blog. Contudo, com a simplicidade das suas palavras, alguém o conseguiu: «Ninguém é obrigado a partilhar sentimentos... pensamentos, emoções... chamar a atenção para a vida, para o que é importante ou não... nem tem de nos orientar, ou tentar mostrar-nos outras perspectivas da vida... Mas há quem fale de si e dos seus sentimentos... e das suas perspectivas da vida... Então aproveite quem quiser...»(O Último Padrinho)

Canções da nossa Infância



Naquela linda manhã
estava a brincar no jardim
A certa altura a mamã
chamou-me e disse-me assim:
Não brinques só a correr
tropeças sem querer
cais e ficas mal
respondi pronto está bem
depressa porém
esqueci-me de tal...

Não me lembro depois como foi
Escorreguei caí no chão
No joelho ficou um dói dói
No nariz um arranhão
Desde então procurei ser melhor
por ser mau fui infeliz
faço agora tudo quanto
a mamã me diz.

(in, Carinhosamente Revoltado)



Que linda falua,
que lá vem, lá vem,
é uma falua,
que vem de Belém.

Eu peço ao Senhor Barqueiro
que me deixe passar,
tenho filhos pequeninos
não os posso sustentar.

Passará, não passará,
algum deles ficará,
se não for a mãe à frente,
é o filho lá de trás.

(Vânia Gonçalves em Carinhosamente Revoltado)


Atirei o pau ao gato-to
Mas o gato-to
Não morreu-eu-eu
Dona Chica-ca
Asustou-se-se
Com o berro, com o berro
Que o gato deu
MIAU!!!

Ele saltou pela chaminé-né-né
Veio uma pulga-ga
Mordeu-lhe o pé-pé-pé
Ou ele chora-ra
Ou ele grita-ta
Ou vai-te embora-ra
Pulga maldita!!!

Eu morava-va
Numa casa-sa
De capim-pim-pim
Encontrei uma lagarticha-cha
Que olhou para mim, olhou para mim
E fez-me assim
(uma careta)



Que bom recordar não é?
Que lembranças e que saudades daqueles tempos das grandes descobertas. Do tempo em que tudo era cor-de-rosa. Do tempo da santa inocência em que o minimo problema era consolado no colo da mãe, ou do pai, ou da avó, ou da madrinha.
Saudades do tempo em que o mundo não era mais que um mundo de divertimento, felicidade e alegria, em que todos os dias eram dias de paz e tranquilidade. Dias em que a única responsabilidade era fazer por não cair e magoar o joelho ou não partir mais um brinquedo...


Deixem as vossas canções, aquelas que mais recordam, aquelas que um dia fizeram parte da vossa felicidade.

Chuva



"As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir

São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade "

by Mariza