Orquídeas Garden

welcome

Não sabia como descrever o que pretendia com este blog. Contudo, com a simplicidade das suas palavras, alguém o conseguiu: «Ninguém é obrigado a partilhar sentimentos... pensamentos, emoções... chamar a atenção para a vida, para o que é importante ou não... nem tem de nos orientar, ou tentar mostrar-nos outras perspectivas da vida... Mas há quem fale de si e dos seus sentimentos... e das suas perspectivas da vida... Então aproveite quem quiser...»(O Último Padrinho)

OO



Era suposto confiar em ti... Mas... deixaste cair-me no vazio.
Fiquei num espaço vazio de tudo preenchido com recordações, vontades, desejos, esperanças...
Pareçe que foges da própria sombra, como se receasses que de alguma maneira eu esteja lá presente. Percebo que me receias. Isso mostra que também tu recordas, apesar de estares num espaço cheio de tudo preenchido com novas recordações, novas vontades, novos desejos, novas esperanças.
Empurraste-me para um buraco muito profundo, sem saídas. Roubas-te todas as escadas e cordas existentes. Certificaste-te que o buraco era tão profundo que eu jamais conseguiria agarrar a mão de alguém que tentasse salvar-me. Traçaste um plano perfeito para me deixares aprisionada.
Traiste-me, foste embora e deixaste-me sozinha num buraco vazio, que fui enchendo com lágrimas, numa esperança inútil de um dia dali sair...
Hoje, já nada existe. Hoje, o vazio é mesmo vazio.
Um vazio de nada preenchido apenas com vazio.