Orquídeas Garden

welcome

Não sabia como descrever o que pretendia com este blog. Contudo, com a simplicidade das suas palavras, alguém o conseguiu: «Ninguém é obrigado a partilhar sentimentos... pensamentos, emoções... chamar a atenção para a vida, para o que é importante ou não... nem tem de nos orientar, ou tentar mostrar-nos outras perspectivas da vida... Mas há quem fale de si e dos seus sentimentos... e das suas perspectivas da vida... Então aproveite quem quiser...»(O Último Padrinho)

Recado para Ti...


No que toca a sentimentos, dependendo do tipo de sentimento, poucas são as pessoas que têm coragem de falar aberta e directamente acerca do que sentem.
Eu, que acredito e defendo que a verdade é melhor que qualquer mentira, pois é mais fácil perdoar uma verdade sincera do que uma mentira, ainda que piedosa.
Tento falar, e acredito que falo, com total sinceridade e frontalidade sobre os meus sentimentos. No entanto, não faço deles um cartaz publicitário.
Falo dos meus sentimentos com as pessoas por quem os sinto. Se nutrir amizade por alguém, digo a esse alguém o que a sua amizade significa para mim; Se me apaixoanr por alguém, com toda a certeza que direi a esse alguém o quão importante é para mim e o significado da paixão que sinto. De igual modo, se não simpatizar com alguém, digo-lhe o porquê de não simpatizar e procuro perceber se estou certa ou errada nos meus motivos, de forma a poder escolher entre conhecer melhor essa pessoa ou afastar-me.
Não tenho receio ou vergonha de dizer o quanto gosto ou não gosto de alguém.
Acredito que as relações entre as pessoas seriam facilitadas se todas tivessem desprendimento de falar dos seus sentimentos.
Quantas vezes nos faz falta ouvir alguém dizer o quanto gosta de nós?! Quantas vezes faz falta a um(a) filho(a) ouvir os seus pais dizerem o quanto gostam dele(a). De igual modo, quantas vezes nos fazem falta critícas constructivas que nos permitam melhorar enquanto pessoas ou noutro qualquer aspecto da nossa vida?!
Somos seres de emoções que podemos exprimir ou reprimir. Uma ou outra atitude dependem em muito da personalidade de cada um(a). A personalidade é algo que construímos com o tempo, não é definitiva. Há traços em nós que podemos mudar com um pouco de esforço, boa vontade e sinceridade por parte de quem nos rodeia.

Não me alongo mais. Acredito que já fiz perceber o meu ponto de vista.
Acrescento, ainda, que tenho consciência que a minha franqueza e sinceridade muitas vezes assustam ou chocam as pessoas que dela são alvo. No entanto, não vou mudar de atitude.
Quem se afastar ou se assustar com a minha sinceridade só me vai demonstrar que não estava a ser sincero comigo e que não estava a demonstrar os seus verdadeiros interesses em relação a mim.
Tenho dito!

1 comments:

ProTrunks disse...

Comentei à bocadinho com uma amiga minha que cada vez é mais difícil fazerem-se amigos/as. Quando éramos pequenos qualquer rapaz/rapariga era nosso/a amigo/a.
Agora com as responsabilidades da vida e com a maturidade sabemos que não é bem assim. Da mesma forma que filtramos as pessoas, também elas nos filtram a nós. E muitas vezes isso reduz as nossas vidas a um vazio intermitente (ora pelas amizades e amores ora pela falta delas) à nossa volta. Por tudo isso é importante darmos valor aquilo que temos e lembrarmos a quem de direito o quão importante são para nós. Deixo aqui um texto que adoro de Carlos Drummond de Andrade para me fazer entender:

QUERO

Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amado.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amado por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amado:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.