Orquídeas Garden

welcome

Não sabia como descrever o que pretendia com este blog. Contudo, com a simplicidade das suas palavras, alguém o conseguiu: «Ninguém é obrigado a partilhar sentimentos... pensamentos, emoções... chamar a atenção para a vida, para o que é importante ou não... nem tem de nos orientar, ou tentar mostrar-nos outras perspectivas da vida... Mas há quem fale de si e dos seus sentimentos... e das suas perspectivas da vida... Então aproveite quem quiser...»(O Último Padrinho)

Beleza ou... Doença?


As seguintes imagens chegaram-me via e-mail.
Ao vê-las surgiu a questão:
- É esta a "beleza" que é paga a peso de ouro?!
É este o ideal de beleza dos grandes criadores de moda?!
Cada um que julgue por si...







Sonhar...


«Como Vai Você»


Como vai você
Eu preciso saber da sua vida
Peço alguém para me contar sobre o seu dia Anoiteceu e eu preciso só saber...

Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem...
Que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem...
Que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber como vai você

Como vai você
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você

Vem....
Que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem...

Que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber como vai você


Daniela Mercury,
by Antônio Marcos e Mario Marcos

Olhar... o Teu Olhar


Teste ao Q.I.


Este foi o meu resultado:

"Your IQ score is 122!
You have an unusually strong balance between verbal and mathematical skills combined with strong visual skills. However, the main reason that you are an Inspired Inventor is that your idea centre never shuts down, and you may not even be aware when your brain is working on the next great idea. You are particularly adept at brainstorming or devising multiple solutions for any problem and this is the reason people flock to you for fresh ideas, advice, and insight."

Quer saber o seu?
Então vá a:
http://uk.tickle.com/test/iq.html

Divirta-se a fazer outros testes disponíveis:
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Registe-se. Convide os seus amigos, por e-mail, para fazer os mesmos testes e divirtam-se a comparar resultados.

Malmequer vs. Gerbera


Mal me quer, Bem me quer, Muito, Pouco, Nada...

Hoje, devido a um acaso, lembrei-me dos meus tempos de criança.
Lembrei-me dos momentos que passava a apanhar Malmequeres para depois os "desfolhar", pétala por pétala... uma a uma... ao ritmo de uma lenga-lenga (penso que assim se poderá chamar) que a minha Madrinha me ensinou:

Mal me quer, Bem me quer, Muito, Pouco, Nada...

De cada vez que desfolhava um Malmequer pensava em alguém, com toda a força que o coração de uma criança pode ter, no que toca a sentimentos.
Ficáva radiante sempre que junto com a última pétala cantava um "Bem me quer" ou um "Muito". Pelo contrário, sempre que cantava um "Mal me quer", um "Pouco" ou um "Nada" junto com a última pétala, ficava um pouco triste e logo procurava outro Malmequer na tentativa de mudar a minha "sorte".
Decidi ensinar a dita lenga-lenga a uma das minhas afilhadas e expliquei-lhe como a cantarolar enquando "desfolhasse" um Malmequer.
Foi ao jardim, apanhou um malmequer e lá começou:
- «Mal me quer, Bem me quer...»
Ao segundo Malmequer desistiu. Achou que aquilo era uma chatice porque calhava sempre que as pessoas não gostavam dela. Minutos depois procurou-me para dizer que tinha a solução. "Pediu emprestadas" algumas flores que a mãe tinha numa jarra - Gerberas.
-«Olha Madrinha, vês?! Assim dá sempre certo. Têm mais pétalas...»
Palavras para quê?!

Existência de "Nada"


Em pequenos, muitas vezes, surgem-nos questões para as quais é difícil obter resposta.
Uma dessas questões, acredito que comum a todos nós e que mais cedo ou mais tarde acaba por nos assaltar é:
- Como é que a Terra surgiu? E o Universo?
Estas questões são comuns a toda a Humanidade. Todos nos sentimos intrigados por elas. De uma forma ou de outra todos procuramos obter respostas para as mesmas.
No decorrer do tempo muitas foram as respostas encontradas e já muito se especulou acerca do assunto. Desde atribuir a criação do Universo a Deus até à teoria do Big Bang muitas são as respostas feitas e teorias a que podemos recorrer para satisfazer a nossa curiosidade. Tudo depende das crenças de cada um.
Mas, já alguma vez esperimentaram abster-se de tudo o que aprenderam sobre do assunto? Procurando em seguida uma resposta própria, ou seja, já alguma vez tentaram encontrar uma resposta vossa?
Há uns dias, ou melhor, há umas noites, estando sem sono, sem companhia e sem nada que fazer, uma vez que não estava a dar nada de interessante na televisão e estava sem paciência para leituras; voltei a questionar-me sobre o princípio do Universo e consequentemente da Terra.
Então fechei os olhos e experimentei imaginar o "nada", isto é, o "vazio absoluto", que supostamente existiria antes do Universo.
Antes de mais, cheguei à conclusão que o Universo não foi a primeira coisa a existir, foi, pelo menos, a segunda. Uma vez que, antes, existia o "vazio absoluto". Podendo não ser uma existência concreta, palpável, é uma existência abstracta.
Depois deparei-me com a questão da existência de "nada".
Como é "nada"? Como sabemos que existe "nada"? Como definimos "nada"?
Tentei imaginar a existência de "nada".
Primeiro imaginei um "vazio" branco. Mas, só pelo facto de ser branco, já é alguma coisa - é branco - logo, não pode ser "nada".
Tentei imaginar "nada" de forma diferente. Imaginei "nada" preto. Mas, uma vez mais, só pelo facto de ser preto já não pode ser "nada", porque é preto.
Assim sendo, "nada" só pode existir de uma forma abstracta - "nada abstracto"- e não de uma forma concreta. Uma vez que, o "nada concreto" acaba por ser sempre alguma coisa, ainda que não palpável.
Depois surgiu mais uma questão. Para o Universo surgir, siginifica que o "nada abstracto" era mutável, ou seja, sujeito a uma evolução. Se assim não fosse o Universo e o Mundo ainda hoje não existiam.
Sendo o "nada abstracto" mutável, podemos considerá-lo como um organismo vivo que, segundo regras próprias, evolui. Assim sendo, não podemos dizer que o "nada abstracto" foi a primeira coisa a existir, pois não sabemos se é ou não o resultado da evolução de uma outra existência abstracta ou não.
O Universo é o resultado de uma evolução, que se mantem. Todos os dias "morrem" e "nascem" coisas. Querendo ou não, estamos incluídos nessa evolução. Foi ela que nos trouxe até aqui.
Contudo, não sabemos onde nos vai levar. Não sabemos se estamos numa evolução regressiva ou progressiva, apenas sabemos que fazemos parte de um ciclo. Fazemos parte de um organismo que está vivo há milhões e milhões de anos sem data para morrer (será?!).

Uma questão de "Clic"


Recentemente numa conversa, com um médico amigo, sobre o facto de, Eu, aos 22 anos não ter namorado e sobre os factos que a isso conduzem fui confrontada com a questão do "clic".
Citando o médico:
-"Não é normal que uma boneca como tu aos 22 anos não tenha namorado. Ainda mais quando divides o teu tempo por Abrantes e Coimbra, já não falando nos amigos que tens espalhados por outros lugares. Ou anda tudo cego ou algo se passa?! Não que seja uma anormalidade... simplesmente acho estranho."
Será assim tão estranho eu aos 22 anos não ter namorado?
É estranho por ter 22 anos?
Por morar parte do tempo em Coimbra?
Por ser universitária?
Sinceramente não vejo nada de estranho em não ter namorado. Já tive. Agora não tenho. No futuro quem sabe?!
Argumentei com o médico que "tenho o meu curso, os meus amigos e a minha vida para viver. Faço por ser feliz todos os dias. Há dias que consigo, há outros que não consigo, paciência a vida é mesmo assim. Mas, quero aproveitar tudo o que a vida tem para me dar. Viver cada segundo, não como se fosse o último, mas saboreando cada instante, memorizando cada cheiro, cada sabor, cada toque, cada som. Aprendendo a tirar partido da virtude de estar viva sem saber até quando."
Ingenuamente achei que o assunto terminára ali. Contudo, não terminou...
-"Tudo bem que tens o teu curso e que vives a tua vida e que te divirtes com os amigos. Acredito que deves ter as tuas aventuras e que por isso não sentes falta de um namorado. Mas, tudo isso só é assim porque ainda não sentiste o "clic". Ou, talvez já o tenhas sentido mas, ainda não tenhas tido oportunidade de o realizar na sua totalidade. Quando sentires vontade de seres inteiramente de outro alguém, de dares a alma, o coração, o corpo... Quando sentires um frio na barriga, as pernas a tremer, uma vontade incontrolável de estar com essa pessoa, de fazer dele um confidente a quem possas mostrar-te tal qual como és sem medo de reprovações e com quem possas contar para te apoiar tanto nas coisas boas como nas coisas más... tenho a certeza que vais alterar as tuas prioridades e que todos os dias vais fazer por fazer alguém feliz. Porque, se essa pessoa for feliz, tu também o serás."
O assunto terminou por aqui. Não porque não existissem mais palavras mas, porque as palavras seguintes seriam demasiado valiosas, até mesmo sagradas, para serem usadas em vão. Por isso mesmo, também aqui, o assunto termina da mesma forma, com o meu silêncio murmurante.

:(


Recado para Ti...


No que toca a sentimentos, dependendo do tipo de sentimento, poucas são as pessoas que têm coragem de falar aberta e directamente acerca do que sentem.
Eu, que acredito e defendo que a verdade é melhor que qualquer mentira, pois é mais fácil perdoar uma verdade sincera do que uma mentira, ainda que piedosa.
Tento falar, e acredito que falo, com total sinceridade e frontalidade sobre os meus sentimentos. No entanto, não faço deles um cartaz publicitário.
Falo dos meus sentimentos com as pessoas por quem os sinto. Se nutrir amizade por alguém, digo a esse alguém o que a sua amizade significa para mim; Se me apaixoanr por alguém, com toda a certeza que direi a esse alguém o quão importante é para mim e o significado da paixão que sinto. De igual modo, se não simpatizar com alguém, digo-lhe o porquê de não simpatizar e procuro perceber se estou certa ou errada nos meus motivos, de forma a poder escolher entre conhecer melhor essa pessoa ou afastar-me.
Não tenho receio ou vergonha de dizer o quanto gosto ou não gosto de alguém.
Acredito que as relações entre as pessoas seriam facilitadas se todas tivessem desprendimento de falar dos seus sentimentos.
Quantas vezes nos faz falta ouvir alguém dizer o quanto gosta de nós?! Quantas vezes faz falta a um(a) filho(a) ouvir os seus pais dizerem o quanto gostam dele(a). De igual modo, quantas vezes nos fazem falta critícas constructivas que nos permitam melhorar enquanto pessoas ou noutro qualquer aspecto da nossa vida?!
Somos seres de emoções que podemos exprimir ou reprimir. Uma ou outra atitude dependem em muito da personalidade de cada um(a). A personalidade é algo que construímos com o tempo, não é definitiva. Há traços em nós que podemos mudar com um pouco de esforço, boa vontade e sinceridade por parte de quem nos rodeia.

Não me alongo mais. Acredito que já fiz perceber o meu ponto de vista.
Acrescento, ainda, que tenho consciência que a minha franqueza e sinceridade muitas vezes assustam ou chocam as pessoas que dela são alvo. No entanto, não vou mudar de atitude.
Quem se afastar ou se assustar com a minha sinceridade só me vai demonstrar que não estava a ser sincero comigo e que não estava a demonstrar os seus verdadeiros interesses em relação a mim.
Tenho dito!

Obrigado ao "anonymous"


Recentemente recebi um e-mail simpático de alguém que não se identificou ou que então se chama "anonymous"...
Não entendo porque é que as pessoas continuam a ter receio ou vergonha de se identificar... Paciência conta a intenção. Mas, por favor, se não se quiserem identificar com o vosso nome próprio têm sempre a alternativa de criar um nick ou então de deixar uma pista para que eu possa saber quem foi o autor da menagem e assim poder responder, agradecer ou retribuir o gesto.
Em todo o caso, aqui fica o meu agradecimento ao "anonymous" que junto com uma mensagem muito pessoal me enviou e dedicou a seguinte imagem,



(Para o caso de não se perceber, deixo aqui a frase que consta na imagem)

«Aquele que tem o desejo de se igualar à beleza da flor possui coração que a ela se assemelha...»

Obrigado pelas tuas palavras e pela dedicatória!!!

Desafio / Sugestão Aceite...


«Sol em Escorpião, Ascendente em Sagitário - Liberdade!»

"Liberdade a todo custo: esta frase sintetiza perfeitamente a combinação do seu signo solar - o intenso e apaixonado Escorpião - com a ascendência do livre e alegre Sagitário. Você é uma pessoa dotada de uma libido muito poderosa, para você a vida é uma grande e divertida aventura que você deseja sorver até a última gota. Não sendo uma pessoa muito dada a moderações, vive nos extremos e sente uma realização especial quando está curtindo emoções intensas. Pode flutuar entre um lado mais extrovertido e sua natureza essencial, mais fechada. Na verdade, com o tempo você passa a usar seu ascendente em Sagitário como uma forma elaborada de lidar com as pessoas: a massiva maioria delas não percebe que você é uma pessoa muito mais profunda do que parece. E este poder de "não ser totalmente desvendado" é uma estratégia e tanto! Precisa, entretanto, tomar cuidado com excessos: um perigo real para o seu tipo astrológico. Para você uma vida com muita segurança e estabilidade não tem graça nenhuma: é preciso conhecer o mundo, viver no limite. A orientação aqui é para o prazer, mas não somente o prazer sexual, e sim a satisfação da personalidade intensamente única, que não tem medo de arriscar, de se atirar nas direções que lhe apetecem. Pode sofrer de flutuações de humor decorrentes de um choque entre aspectos contraditórios de sua alma: o lado sagitariano do ascendente, que vê sentido em tudo, e a face escorpiana, desconfiada e muito voltada para situações de perda. As pessoas podem ficar confusas com suas alternâncias de "quente-e-frio", de alegria e mau-humor, mas com o tempo se acostumam. O que elas podem achar difícil é se acostumar com sua franqueza - em geral, absoluta, a ponto de chocar. A ironia chega a ser divertida, mas pode ser eventualmente corrosiva, é só não abusar. Você ensina às pessoas a lição da coragem. Vivendo a vida exatamente da forma que mais lhe apetece, você termina sendo uma inspiração para pessoas cheias de medos e inseguranças. Elas percebem que você simplesmente levanta quando cai, e não fica "lambendo as feridas", pois seu lado sagitariano consegue "ver" a oportunidade de aprendizado contida nos reveses, e Escorpião lhe confere o dom da sobrevivência a situações físicas e psicológicas bem difíceis. É altamente possível que você venha a desempenhar um papel especial de ajuda em relação a pessoas que têm sérias dificuldades. Você tem um poder todo especial de se atrair por gente meio perturbada, e de fazê-las lhe escutar. É como se você fosse um terapeuta natural. Use isto e ajude os outros a se livrarem de seus sofrimentos! "


Pois bem, aqui está uma introdução, ao sector da personalidade, do meu mapa natal. Esta amostra foi gratuita e retirada do site:

http://www.personare.com.br

Foi feita com base nos seguintes dados:
- Data de nascimento: 30/10/1983;
- Hora de nascimento: 09h:50m.

Agora quem me conheçe que comente e quem não me conheçe que questione, o caminho mais rápido para o conhecimento é a pergunta.

Scorpio...


Saudade...


Ciúmes, seg. Descartes


O ciúme é uma espécie de temor, que se relaciona com o desejo de conservarmos a posse de algum bem; e não provém tanto da força das razões que levam a julgar que podemos perdê-lo, como da grande estima que temos por ele, a qual nos leva a examinar até os menores motivos de suspeita e a tomá-los por razões muito dignas de consideração. E como devemos empenhar-nos mais em conservar os bens que são muito grandes do que os que são menores, em algumas ocasiões essa paixão pode ser justa e honesta. Assim, por exemplo, um chefe de exército que defende uma praça de grande importãncia tem o direito de ser zeloso dela, isto é, de suspeitar de todos os meios pelos quais ela poderia ser assaltada de surpresa; e uma mulher honesta não é censurada por ser zelosa de sua honra, isto é, por não apenas abster-se de agir mal como também evitar até os menores motivos de maledicência.
Mas zombamos de um avarento quando ele é ciumento do seu tesouro, isto é, quando o devora com os olhos e nunca quer afastar-se dele, com medo que ele lhe seja furtado; pois o dinheiro não vale o trabalho de ser guardado com tanto cuidado. E desprezamos um homem que é ciumento de sua mulher, pois isso é uma prova de que não a ama da maneira certa e tem má opinião de si ou dela. Digo que ele não a ama da maneira certa porque se lhe tivesse um amor verdadeiro não teria a menor inclinação para desconfiar dela. Mas não é à mulher propriamente que ama: é somente ao bem que ele imagina consistir em ser o único a ter a posse dela; e não temeria perder esse bem se não julgasse que é indigno dele, ou então que a sua mulher é infiel. De resto, essa paixão refere-se apenas às suspeitas e às desconfianças; pois tentar evitar algum mal quando se tem motivo justo para temê-lo não é propriamente ter ciúmes.

René Descartes, in 'As Paixões da Alma'

Flutuo



Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
e eu nao contestoo meu destino está fora de mim
eu aceito
sou eu despida de medos e culpas confesso
hoje eu vou fingir que não vou voltar
despeço-me do que mais quero
só para não te ouvir dizer
que as coisas vão mudar amanhã
flutuo
consigo deslindar o meu gosto sem esforço
balanço é o que a maré me dá
e eu não contesto
amanhã pensar nisso sempre me dá jeito
fazer de mim pretério mais-que-perfeito
hoje eu vou fingir
que não vou voltar
despeço-me do que mais quero
só para não te ouvir dizer
que as coisas vão mudar amanhã
amanhã
hoje eu vou fugir
para não me dar à vontade de ser tua
só para não me ouvir dizer
que as coisas vão mudar amanhã
amanhã

Suzana Félix

Máscara de Sorrisos


Quantas vezes na vida mostramos um sorriso para disfarçar, quando na verdade o que sentimos é vontade de chorar?
Quantas serão as pessoas que vivem em permanente angústia... nostalgia... tristeza... em permanente solidão apesar de estarem rodeadas de outras pessoas com quem mantêm laços de amizade ou de família?
Como será viver com a permanente certeza de que se está sozinho ainda que se esteja no meio de uma multidão exultante? Vivendo apenas para os outros e esqueçendo-se que existe um "Eu".

Num destes dias deparei-me com uma situação que me fez reflectir sobre estas questões.
Deparei-me com alguém que a meio de uma conversa trivial me disse:
- "Posso sorrir, posso ter um sorriso bonito. Mas, esse sorriso não é quem eu sou. Eu estou sempre tão triste. Sinto-me tão triste por dentro. É uma tristeza sem fim que o meu sorriso, que dizes ser bonito, esconde."
Fiquei inpávida, mas muito pouco serena. Tal declaração mecheu comigo.
Quis falar com a pessoa, saber o porquê de tanta tristeza, ajudá-la. O lugar não era apropriado e a conversa não aconteceu.
Já não é a primeira vez que esta pessoa me lança uma espécie de "S.O.S."; mas, a conversa nunca aconteceu.
Depois de refletir sobre o porquê da tristeza dessa pessoa cheguei á conclusão que sei o porquê.
Tudo se resume a um divórcio. Um divórcio que lhe acabou com os sonhos, com a esperança e com a vontade de viver. Um divórcio provocado por ciúmes por parte do marido. Um marido que tinha como sendo o homem da sua vida o seu princípe encantado, um homem que motivado pela loucura dos ciúmes lhe bateu.
A esta mulher restão agora os filhos, a família e uma casa cheia de lembranças.
A esta mulher falta-lhe o amor do homem que, apesar de tudo, ainda ama.

Porque será o amor tão contraditório?
Ora nos faz felizes, ora nos deixa infelizes.
O amor é sofrimento ou é felicidade?

Os Vários Tipos de Amor, seg. Descartes


Parece-me que podemos, com maior razão, distinguir o amor em função da estima que temos pelo que amamos, em comparação com nós mesmos. Pois quando estimamos o objecto do nosso amor menos que a nós mesmos, temos por ele apenas uma simples afeição; quando o estimamos tanto quanto a nós mesmos, a isso se chama amizade; e quando o estimamos mais, a paixão que temos pode ser denominada como devoção. Assim, podemos ter afeição por uma flor, por um pássaro, por um cavalo; porém, a menos que o nosso espírito seja muito desajustado, apenas por seres humanos podemos ter amizade. E de tal maneira eles são objecto dessa paixão que não há homem tão imperfeito que não possamos ter por ele uma amizade muito perfeita, quando pensamos que somos amados por ele e quando temos a alma verdadeiramente nobre e generosa.
Quanto à devoção, o seu principal objecto é sem dúvida a soberana divindade, da qual não poderíamos deixar de ser devotos quando a conhecemos como se deve conhecer. Mas também podemos ter devoção pelo nosso príncipe, pelo nosso país, pela nossa cidade, e mesmo por um homem particular quando o estimamos muito mais que a nós mesmos. Ora, a diferença que há entre esses três tipos de amor manifesta-se principalmente pelos seus efeitos; pois, como em todos nos consideramos juntos e unidos à coisa amada, estamos sempre dispostos a abandonar a menor parte do todo que compomos com ela, para conservar a outra.
Isto leva-nos, na simples afeição, a sempre nos preferirmos ao que amamos; e, na devoção, ao contrário, a preferirmos a coisa amada e não a nós mesmos, de tal forma que não hesitamos em morrer para a conservar. Frequentemente se viram exemplos disso, nos que se expuseram à morte certa para defender o seu príncipe ou a sua cidade, e mesmo às vezes pessoas particulares às quais se tinham devotado por inteiro.

René Descartes, in "As Paixões da Alma"

Tudo...


Tudo dura um instante, um momento, um período de tempo... seja esse tempo um segundo ou uma vida.
Independentemente da amplitude temporal esses momentos são inesquecíveis. São inesquecíveis porque são momentos bons, que, de alguma forma, nos fizeram sentir bem, felizes.
Não é preciso pensar em momentos únicos e irrepetíveis para saber que momentos classificar como bons, como inesquecíveis. O mais simples dos momentos também pode ser inesquecível.
Lembro-me neste momento do sabor do meu sorvete favorito - sorvete de melão - que só encontro (da forma que gosto) na cidade de onde sou natural - a cidade florida. Lembro-me de alguns bons momentos associados a uma ida à gelataria para ir deliciar-me com o delicioso sorvete de melão... caseiro... fresquinho... suave... cremoso... aquele aroma... aquele sabor... que saudades! Tantas que até cresce água na boca.
De cada vez que tenho oportunidade de comer um sorvete de melão, esse momento, para mim, dura o tempo suficiente para que seja inesquecível.

Bandeira de portugal


Estamos a viver um tempo de patriotismo, de união de um povo em torno de um sonho e de um objectivo - ser campeões mundiais de futebol.
Este sonho é vivido pela maioria do povo português e pelos seus representantes, a Selecção Portuguesa de Futebol.
Num tempo em que tantas bandeiras de Portugal estão espalhadas pelas ruas, em janelas ou varandas, automóveis, t-shirts, cachecóis, bonés, etc.; penso que será importante ter a noção de que a bandeira de Portugal não é um símbolo futebolistico, mas sim o símbolo de uma nação, o símbolo de uma républica - Républica Portuguesa.

Um olhar sobre a bandeira Portuguesa:

«Bandeira instituída em Novembro de 1910, pouco depois da implantação da República em Portugal (5 de Outubro de 1910).


Simbologia da bandeira portuguesa:

Verde: O verde no ideário positivista e republicano (séculos XIX e XX), simboliza as nações que são guiadas pela ciência. Na versão popular simboliza a esperança no futuro;

Vermelho rubro: O vermelho é a cor das revoluções democráticas que, desde o século XVIII, percorreram a Europa, como a revoluções de 1848, a Comuna de Paris (1871) ou a revolução republicana em Portugal de 31 de Janeiro de 1891. Simboliza a luta dos povos pelos grandes ideais de Igualdade, Faternidade e Liberdade. Na versão popular simboliza os sacrifícios do povo português ao longo da sua história.

Esfera armilar: Emblema do rei D. Manuel I (1469 -1521) e que desde então esteve sempre presente nas bandeiras de Portugal. Simboliza o Universo e a vocação universal dos portugueses. Na versão popular simboliza os descobrimentos portugueses.

Escudo: O Escudo de Armas remete para a fundação de Portugal. Simboliza a afirmação da cultura ocidental no mundo, e em particular dos seus valores cristãos. Os castelos, quinas e os besantes evocam conquistas, vitórias e lendas ligadas à fundação de Portugal por D.Afonso Henriques (1109-1185).»
(Carlos Fontes)


Toda esta carga simbólica não deve ser esquecida. A bandeira de Portugal não é a bandeira de um clube de futebol, é a bandeira de um país. É como povo pertencente a Portugal que nos devemos organizar e unir de forma a apoiar a Selecção Portuguesa de Futebol que participa no mundial de futebol de 2006.
Devemos apoiar a selecção enquanto representantes de Portugal, enquanto "porta-voz" de um país, de um povo, de uma cultura, de uma história. Se assim for, já ganhámos, pois, estamos a apoiar a divulagação de quem somos, da nossa identidade enquanto Portugueses.

É em torno da bandeira Portuguesa que se têm verificado algumas iniciativas de união e apoio á nossa Selecção. Um bom exemplo disto foi a Bandeira de Portugal formada no Estádio Nacional, no dia 20 de Maio de 2006, por mais de 18 mil mulheres.


Esperemos que este tipo de união perdure para além do mundial de futebol.

Não descurando o mundial de Futebol que já se iniciou no passado fim-de-semana, já teve lugar o primeiro jogo de Portugal. Este jogo teve lugar ontém, Domingo, 11 de Junho; A Selecção de Portugual venceu a Selecção de Angola por 1-0.
Espero que esta tenha sido a primeira de muitas vitórias.

Força Portugal!!!